terça-feira, 20 de outubro de 2009

FILOSOFANDO

Quem me conhece sabe que tenho uma tese (resumidamente) sobre a vida. Como falo no meu poema Segredos Revelados, passamos uma parte da vida buscando algo e depois fugindo daquilo que buscando e depois buscando aquilo que fugimos, entendeu? Um circulo que sempre gira de um lado para outro...

Por medos, por carências, por afetos, por diversas razões e cada qual com a sua... Muitas vezes estacionamos! As minhas? Diariamente, procuro me manter firme as minhas decisões e escolhas... Muitas vezes erradas, muitas vezes insanas, muitas vezes dolorosas... Mas sempre buscando aquilo que desejo!

Às vezes caio, erro, desanimo, fico na duvida... Mas volto como a fênix e mais ousada, mais sábia... Tenho em minha mente que só assim vou conseguir vencer meus desafios... Imaginários, reais ou não!

Às vezes acerto, muitas vezes acerto! O filosofo, Spinoza propõe: “Ao invés de fazer um somatório de nossas tristezas tomar uma alegria como ponto de partida local à condição que sintamos que ela nos concerne verdadeiramente.” "Assim, fazer da alegria um trampolim até encontrarmos outra alegria".
Por que às vezes é tão difícil? Por que sempre lembramos das quedas e dos recomeços?

Ontem assisti a metade da corrida de F1, cheguei atrasada ao almoço com a amigas e não parei de pensar na vitória do Rubinho... Ele merecia! A gente às vezes merece certas vitórias. Que ele tem o dom, eu já sabia! Que ele não tem sorte, também...

Fiquei triste, depois da adrenalina de Bastardos Inglórios e chegar em casa e ver mais uma vez o improvável... Pneu furar, é de matar!
Olhei para os livros das prateleiras e lá estava minha resposta para minha noite inconsolada (faço drama, eu reconheço, rs)...

- Übermensch...

Quando o filósofo alemão Nietzsche, escreveu “Assim falou Zaratustra”, ele explicou os passos através dos quais o homem pode tornar um 'Super-Homem' (homos superior, como no inglês a tradução também pode ser compreendida como super-humano).
“O que não significa que devamos, por nossa vez, simplesmente nos tornarmos escravizadores. Tirania é o resultado, não de autonomia, mas de frustração: é simplesmente a expressão de mais ressentimento. O homem superior, em vez disso, vive a vida sem ressentimentos, e está realmente pronto, se a situação assim o exigir, para servir, bem como para liderar. (Para a maioria de nós, servir é algo parecido com escravidão). Controlando suas paixões e canalizando sua vontade, este ser que está acima do humano cria arte e filosofia, assegurando vida, alegria e todas as coisas boas”
                       Os eleitos por Zaratustra
- os que vivem intensamente, que são indiferentes aos perigos porque são capazes de atravessar de um lado para outro;
- os grandes desdenhosos porque estão sempre tentando chegar a outra margem;
- aos que se sacrificam pela terra
- o curioso, o que quer conhecer
- quem trabalha e realiza invenções engenhosas
- o que preza a sua própria virtude
- aquele que distribui o seu espírito entre os demais
- o que deseja viver e deixar viver
- quem não seja exageradamente virtuosos, nem excessivamente moralista
- aquele que não fica a espera de agradecimentos ou recompensas;
- o que não trapaceia
- o que se orgulha dos seus feitos
- o combatente do presente
- o que desafia e fustiga o seu Deus
- o de alma profunda
- o de alma trasbordante, que esquece de si mesmo
- quem tem o espírito e o coração livre



Assim, ontem... Rubinho se tornou meu herói! Renasceu, não-venceu e aparentemente estava sem ressentimentos, dizendo que deveria levantar as mãos para o céu e agradecer o ano que foi bom!
Viva Rubinho,Viva Zaratustra!

Um comentário:

rodrigo disse...

Adoro encontrar blogs de pessoas conhecidas que escrevem muito bem sobre coisas interessantes.
bjao Val