quarta-feira, 4 de abril de 2007

Explodem fogos de artifício

Sempre acreditei que existem sentimentos impossíveis de descrever com palavras. Mas ao mesmo tempo escrevo para dar emoções aos acontecimentos e esse é sentido de tudo que vejo, sinto e penso...e por que não tentar descreve-los?
Passei 2 anos da minha vida fechada para balanço, me questionando sobre um passado presente, tentando achar outros tipos de realizações. Ficando, mais não me entregando, entende? Coloquei na minha cabeça que para todas as pessoas que passaram pela minha vida eu tinha deixado um pouco do meu eu e para ela. Para o meu passado-presente eu tinha me deixado por inteira.
E agora, ando rindo a toa – você faz suas escolhas suas escolhas fazem você, será? Minha alma inquieta é que não relaxa nunca. Mas que encontrou aconchego em outro ser, um ser ainda irreal, ainda tão mais confuso, ainda no meu pedestal. A armadura se afrouxa, o sorriso se solta, as palavras se atropelam...

Quando penso em transformar meus livros em roteiro. Sempre penso em uma cena....tente imagina-la. A cena se passa em Sampa, na chuva, com um beijo demorado, molhado. E por algum motivo eles na chuva se viram para sentidos opostos. Dois sentimentos nesse instante se completam e se tornam um -o êxtase do beijo e a dor da despedida. Um dos personagens acha que já aconteceu tudo, suspira e tenta seguir seu caminho rumo ao sonho. O outro protagonista ainda sentindo o gosto dos lábios do outro ser, volta. A cena é congelada e nesse momento tudo recomeça. Sampa, a chuva, o beijo, o molhado...a sensação Há! A sensação de entrar em erupção, de fogos de artifícios explodirem dentro do peito...Essa sensação única poderia durar a vida inteira.
Hoje quando eu abri a pagina de noticias da uol, fiquei surpresa com tanta chuva que caiu na cidade. Mas tentem entender eu estava extasiada, segura e feliz...

"O sabiá no sertão
Quando canta me comove
Passa três meses cantando
E sem cantar passa nove
Porque tem a obrigação
De só cantar quando chove...
...Seu boiadeiro por aqui choveu
Seu boiadeiro por aqui choveu
Choveu que amarrotou
Foi tanta água que meu boi nadou"

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